May we meet again
Há uns tempos que tenho tentado dar-vos uma boa ideia daquilo que se está a passar na minha vida (não querendo dizer demasiado sobre o assunto), aqueles que me seguem há mais tempo já devem ter uma ideia do que é que se trata. Se me segues há pouco tempo, passo a introduzir-te a toda a situação.
Ano passado, com apenas 14 anos (ainda não tinha os 15 feitos), fui diagnosticada com crescimento anormal da mama, a minha pediatra mandou-me para a consulta da cirurgia para que a médica pudesse avaliar o meu caso e ver aquilo que se podia fazer.
Em Agosto de ano passado fui chamada e a médica, que por acaso é diretora de serviço daquele Hospital, disse-me que efetivamente eu tinha tido um problema no desenvolvimento e que eu tinha os músculos completamente partidos, o que faziam a mama descair, causando incómodo, dores e maior probabilidade de cancro da mama (juntando ao facto de na minha família existirem bastantes casos, eu não estou nada livre de perigo). Estou desde aí à espera da operação.
Cheguei a ser chamada e colocada à frente na lista de espera porque era menor e não queria faltar às aulas (não adiantou de nada), e por volta de Abril devia ter sido operada, se o cheque não tivesse sido emitido.
Cheque? Sim, cheque. Após nove meses de nos encontrarmos no serviço público, o Estado emite um cheque que nos possibilita ir a um Hospital Privado e sermos operados em menos de nada. Eu aceitei e fui, ainda na esperança de ser operada no terceiro período do 10º ano. Até que o médico se recusou a operar-me e me mandou de volta para o Hospital de Origem, no qual continuei até ao dia da operação.
A este ponto já toda a gente percebeu o contexto do post anterior e deste. Já sabem onde estou e o que vim fazer.
No momento em que estiverem a ler isto ou estou à espera, ou estou na mesa de operações, ou estou no recobro. O dia da operação chegou e ontem dei entrada no Hospital.
Estou a escrever com antecedência, mas por esta altura, se não estou em lágrimas, estou a contê-las ou estou a adormecida.
Chegou o dia.
Aproveito para dizer que se esta semana algum post sair será um da minha rubrica diária, mas em princípio nada será postado até eu voltar a casa. Em princípio estou internada durante uma semana, mas tudo dependerá do meu pós-operatório.
Obrigada por me terem acompanhado durante este caminho, aprecio imenso o apoio que me deram sempre que falei nisto. E agradeço especialmente à Sofia. Amiga, estou-te super agradecida por tudo, por me teres ouvido e por me teres ajudado sempre durante todo este caminho. Amiga, adoro-te.
Para todos vocês que estão a ler este post e que certamente estão a desejar que tudo corra bem porque são boas pessoas, só há algo a dizer: